Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um urologista e dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelaram que o câncer de próstata é o segundo mais comum em homens, sendo esperados mais de 60 mil casos por ano. Os números alarmantes do câncer de mama ao longo dos anos deram origem a uma das campanhas mais importantes de prevenção à doença - o Outubro Rosa - e os dados sobre o universo masculino mostram como o Novembro Azul merece cada vez mais a nossa atenção. Consultar o médico com regularidade e manter hábitos de vida saudáveis, incluindo uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas, podem ser aliados importantes para que os homens vivam mais e com mais qualidade. Junto a tudo isso, há a tecnologia, oferecendo exames que proporcionam resultados cada vez mais rápidos e precisos. É o caso da Ressonância Magnética (RM) de Próstata, oferecido pela Magnescan e que se tornou um suporte importante em situações que exigem um diagnóstico mais especifico. Conheça mais sobre esse exame na entrevista com a médica radiologista da Magnescan, Dra. Fabiane Corbelli Roberti.
Em que situações a Ressonância de Próstata é recomendada?
É indicada para pacientes com alteração no PSA ou no toque retal, auxiliando na detecção, estadiamento loco-regional [processo que verifica a extensão da doença] ou avaliação de recorrência de uma neoplasia de próstata. Também se aplica em casos considerados de baixo risco sendo menos invasiva do que as biopsias anuais realizadas antigamente. Outra indicação é que, assim como existe a classificação BIRADS [sistema de padronização dos laudos em imagem da mama], hoje há o termo PIRADS que, por meio da RM, consegue estratificar o risco de câncer de próstata. É também recomendada em quem tenha sido submetido à biópsia previamente, porém com resultado negativo, assim como para localizar um foco/área suspeita e guiar a biopsia prostática.
A Ressonância de Próstata é um exame preventivo?
Não. A RM da próstata deve ser realizada somente com a indicação do urologista que, baseado na sua avaliação ao toque retal e com os dados de PSA, vai decidir ou não pelo exame. Somente serão encaminhados para a Ressonância os casos em que houve suspeita frente à alteração do PSA e/ou toque retal.
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontaram que 51% dos homens nunca consultaram um urologista. Por que é tão importante a prevenção?
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo que mais se manifesta em homens. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados mais de 60 mil casos por ano. Cerca de um a cada 9 homens será diagnosticado com a doença durante a vida e um a cada 41 homens pode perder a vida em decorrência dela. Além disso, com o aumento da expectativa de vida, a tendência é que se observe também um crescimento de casos da doença.
Quais os preparos para a realização de uma RM de Próstata?
Na Magnescan, é sempre orientado ao paciente que realize uma dieta leve e que faça uso de um medicamento anti-gases na noite anterior ao exame, seguido de jejum de, no mínimo, quatro horas. Caso o paciente possua constipação intestinal, é recomendado o uso de um laxante.
Há alguma restrição para sua realização?
As contraindicações são basicamente as mesmas de outros tipos de Ressonância, como alguns marca-passos cardíacos. O que difere é que, caso o paciente tenha realizado biopsia prostática recentemente, é preciso aguardar de seis a oito semanas para a realização do exame.
Quais são, na sua opinião, diferenciais no trabalho da Magnescan?
Na Magnescan, estamos sempre atualizando os protocolos para a realização dos exames, juntamente com os técnicos. Isso resulta em melhores imagens dos exames e, consequentemente, em resultados mais assertivos e precisos. Protocolos não atualizados ou otimizados podem ocasionar a não identificação de determinadas lesões.
Qual a importância de um bom equipamento para a realização de laudos?
Um bom equipamento de RM, como o que temos na Magnescan, permite obter imagens com melhor definição. Consequentemente, aumenta a acurácia do método na detecção e na caracterização de tumores prostáticos.
Já vivenciou alguma situação em que a RM foi decisiva?
Sim, principalmente em casos em que a lesão estava situada em localização de difícil acesso à biopsia prostática. Ou seja, por ser um local de difícil acesso, a lesão não foi identificada na biópsia prostática e, sim, na RM.