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Ressonância das mamas

Ressonância das mamas (25/11/2020 09:31:52)

 A união de esforços é fundamental no combate ao câncer de mama. Conhecer sobre a doença, seus sintomas e formas de prevenção, assim como estar em dia com exames e com o acompanhamento médico podem salvar muitas vidas. Nesse esforço em conjunto, a tecnologia é também uma importante aliada. Fazer a mamografia regularmente é o principal instrumento para a prevenção ou diagnóstico precoce da doença. No entanto, em algumas situações, outros exames também podem auxiliar o médico na condução de cada caso. Isso vale para as ultrassonografias e até mesmo para outros mais completos, como a ressonância das mamas. Oferecido pela Magnescan, o procedimento conta com o trabalho da médica Milena Rocha Peixoto. Especialista em Radiologia, em Diagnóstico por Imagem e também com subespecialização em Radiologia Mamária, todos pelo Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo), ela é a responsável pelos laudos desse importante exame da clínica em Juiz de Fora e explica quando a ressonância das mamas pode ser uma aliada importante no cuidado com a saúde da mulher!  

 

1- Em que situações é recomendada a realização da ressonância das mamas?

A ressonância das mamas tem como principais indicações ajudar nos diagnósticos de resultados inconclusivos em métodos de imagem convencionais, como a ultrassonografia e a mamografia. Pode ser importante para diferenciar recorrência tumoral e cicatriz cirúrgica em pacientes já operados, estadiar e planejar a cirurgia em pacientes com câncer confirmado, monitorar a eficácia da quimioterapia, rastrear pacientes de alto risco e avaliar os implantes mamários.

 

2 - De que forma a ressonância das mamas pode complementar a mamografia e a ultrassonografia?

Devido ao uso de contraste, a ressonância de mamas possui maior sensibilidade do que os métodos convencionais. Assim, ela promove uma melhor caracterização da maioria das lesões e consequentemente um estadiamento (que é a forma como o médico determina o avanço da doença no organismo de um paciente) mais fidedigno.

 

3 – A ressonância das mamas pode ser indicada como exame preventivo?

A ressonância não deve fazer parte na rotina do rastreamento do câncer de mama, exceto para mulheres de alto risco. Nesses casos, a ressonância pode ser usada em combinação com a mamografia, como uma ferramenta de triagem precoce. Como a ressonância é um método muito sensível, se fosse realizada no rastreamento habitual de todas as mulheres, teríamos muitos casos de falsos positivos para câncer de mama, promovendo um aumento desnecessário das biópsias percutâneas. Dessa maneira, a mamografia é o método preconizado para o rastreamento, sendo o mais eficaz para detecção precoce de câncer de mama e a única modalidade de triagem que provou reduzir a mortalidade por esta doença.

 

4- Qual o perfil das pacientes com alto risco para câncer de mama?

As pacientes com alto risco para desenvolvimento do câncer de mama e que precisam ter acompanhamento diferenciado são mulheres com mãe ou irmã com histórico de câncer de mama quando jovens (antes dos 40 anos), câncer bilateral, história na família de câncer de mama em homem, pacientes que tenham feito radioterapia no tórax por linfoma antes dos 30 anos e mulheres que possuem mutações genéticas, sendo as mais frequentes as dos genes BRCA 1 e BRCA 2 (síndrome de câncer de mama e ovário hereditários), que representam cerca de 80% dos casos.

 

5- A ressonância de mamas necessita de contraste intravenoso [substância utilizada para melhorar a qualidade das imagens, realçando estruturas anatômicas]?

Para avaliação de lesões mamárias, é fundamental a utilização do contraste intravenoso. Apenas para avaliação de rotura dos implantes mamários é que não há a necessidade do uso do contraste.

 

6- A ressonância das mamas é um exame bastante especifico. Que profissionais médicos estão aptos a realizar esse procedimento?

Médicos que possuem residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem e, de preferência, que tenham feito uma subespecialização em Radiologia Mamária.  

 

7- Nesses anos de experiência, já teve alguma situação em que a ressonância de mama foi decisiva para algum diagnóstico?

Sim, muitas vezes. Já vi casos de lesões ditas suspeitas no exame de ultrassonografia e que na ressonância magnética eram tipicamente benignas, bem como casos com lesões pouco suspeitas nos métodos convencionais e que, quando avaliados pela ressonância, eram lesões altamente suspeitas para malignidade.

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